Conheci meu marido na
igreja, éramos adolescentes e desde então formamos um casal que todos invejam
em um casamento perfeito, sem brigas, repleto de amor.
Mas todos amadurecem e,
acreditem, as pessoas são capazes de sentir falta do que nunca conheceram, ainda
mais com o atual acesso à informação. Foi assim que descobri que nossa
deliciosa relação conjugal não era completa. Eu nunca experimentara um orgasmo
na forma como são descritos nos mais honestos relatos.
Apesar da grande
cumplicidade existente entre nós eu não queria magoar meu marido com essa
informação e com cuidado fui exigindo variações para combater a “rotina”, mais
empenho, mais durabilidade.
Sinceramente, nossa
relação melhorou – e muito! Descobrimos até o sexo oral o que me deixou mais
angustiada. Era um prazer intenso que não se completava, era delicioso, mas
deixava um vazio ainda maior.
Para minha sorte meu
marido é professor e sempre valorizou o aprendizado em sua mais ampla
expressão. Ele defende que tudo que se faz pode ser melhorado com metodologia e
treinamentos regulares.
Surpresa foi encontrar na um
anúncio: Professor de Orgasmos – método prático com aulas em domicílio. Carga
Horária de 24 horas divididas em 3 ou 4 etapas. Satisfação garantida ou
devolução do investimento. Casais ou mulheres – sem envolvimentos emocionais e
garantia de discrição. Investimento: R$ 5.000,00 – 50% de entrada e o restante
ao final do curso.
Isso iria maltratar meu
marido e fui cuidadosa. Num sábado, após provocar e curtir um sexo que
influenciado pelos meus planos me deixou arrasada pelo intenso prazer e pela
ausência do orgasmo, ainda na cama, peguei meu notebook para surpresa de meu
marido. Achei rapidamente o anúncio e apresentei a ele como um ramo onde ele
poderia ganhar mais dinheiro (?) como professor.
Rimos muito com aquela
curiosidade e ele brincando comigo disse que ia contratar o cara para aprender
seu método. Ele estava só implicando comigo, estava certo que eu ia cair sobre ele
fingindo brigar e enchendo-o de cócegas.
Mais uma vez ele se
surpreendeu:
- Legal! Acho que eu ia
adorar te ajudar sendo sua cobaia para aprender o método.
- Mas... Você não se
incomodaria... É... Você não se incomodaria de fazer sexo com outro homem?
- Nem pensei nisso! Você é
louco? Pensei em receber um bom treinamento, aprender novas metodologias e
aumentar suas experiências de educador. O preço a pagar é alto: cinco mil e
sexo com um estranho, mas por você, só mesmo por você, eu toparia fazer isso.
Nunca imaginei que você iria imaginar que eu pudesse querer fazer sexo com
outro homem.
Chorando deixei-o sozinho
na cama olhando espantado para mim e para o anúncio na tela do note. Doía usar
contra ele as lágrimas femininas. Nunca o fizera, mas eu precisava experimentar
pelo menos um orgasmo e o “professor” oferecia garantia de sucesso.
Pulando todo o dolorido
processo de mais de um mês, recebemos o “professor” num hotel da zona sul do
Rio de Janeiro. Estávamos ambos constrangidos, mas o homem (ma-ra-vi-lho-so)
que se apresentou simplesmente como professor tinha grande experiência.
Conversamos uma conversa
fácil e leve que ia se tornando íntima tão cuidadosamente, que em pouco mais de
meia hora meu marido explicava a ele, didaticamente, como me tocava, como
chegávamos ao sexo e como o praticávamos.
Diagnóstico: pressa por
autoconhecimento.
Ele explicou ao meu marido
que ele era professoral demais. Partia do que já sabia, não explorava, não
voltava aos temas básicos, esquecia, por exemplo, de me beijar a boca com
paixão. E pediu que meu marido me beijasse.
Meu marido até que caprichou
em seus 10 segundos. O que veio em seguida foi loucura pura, algo, agora sim,
impossível de se imaginar.
- Posso mostrar até onde seu
beijo poderia ter ido?
- Você está sendo pago
para isso.
- Vamos fechar então nosso
contrato.
Ele possuía um contrato
pronto que terminava já com o recibo de pagamento de R$ 2.500,00 que meu marido
tirou, em dinheiro, do bolso. Ele estava mesmo aceitando o jogo.
Depois das formalidades o
professor avisou a meu marido que o beijo na boca também tem preliminares e só
deve acabar quando o limite social permitir.
Pegou e beijou minha mão, pediu
desculpas pelo que estava por fazer e exigiu colaboração máxima, que eu
imaginasse que ele era, na realidade, o meu marido.
Aquilo psicologicamente
podia agir em meu marido, mas sob mim, a forma como a coisa evoluía e o másculo
exemplar a minha frente me exigia esquecer meu marido e me entregar totalmente
aquele homem, meu passaporte para o orgasmo ausente em toda minha vida sexual.
Do beijo na mão ele partiu
para um abraço envolvente. Meu marido sentado junto à mesa de café mantinha o
olhar grudado em mim e aquele olhar amoroso e cheio de dor ainda mais me
estimulava. Eu queria fugir dele, mas só não buscava o olhar dele enquanto meus
olhos se fechavam por prazer.
A respeitosa boca daquele
homem percorreu meus ombros, minha testa, minhas bochechas e meus lábios ardiam
de desejo. Meu pescoço sentiu-se acariciado por seus beijos e respondeu com
arrepios. Minhas orelhas já me fizeram experimentar leves tremores pelo corpo
que me levaram a sofrer leves trepidações ao sentir os lábios secos dele
roçando nos meus. Minha boca estava aberta, receptiva e ele mantinha aquele
roçar delicioso.
Senti, extasiada pelo
inesperado, meu vestido correr pelo meu corpo, deixando meus seios ocultos
apenas pelo sutiã transparente, vermelho e sensual que eu comprara
exclusivamente para aquele dia. Minha reação de susto foi contida pela boca
dele colando-se a minha numa leve sucção e me senti penetrada quando aquela língua
buscava e brincava com a minha.
Meus lábios e língua foram
acariciados, mordidos, arranhados pelos dentes, sugados. Eu retribuía tanto
quanto conseguia e senti meu vestido ir ao chão. Olhei meu marido e minha
reação foi afastar o rosto de meu “agressor”. Enquanto ele se afastava e eu
olhava fixo para meu marido a alça de meu sutiã desceu, a mão do professor
liberou meu seio e sua boca o tomou como se fosse a maior das dádivas.
Minha visão periférica foi
atraída para o membro de meu marido que estava aos pulos preso em suas calças
esticadas na região. Perceber que ele estava experimentando, como eu,
inesperados prazeres e as sensações que o professor arrancava de meu interior
em contorções me levou a gemer sinceramente numa entrega que estimulou ao meu “agressor”
a arrancar de vez aquela peça que eu imaginei embasbacar o cara e que ele
parecia não ver encantado que estava com meus seios que eram beijados, sugados,
acariciados, apertados e beliscados forte e deliciosamente.
Ele voltava a minha boca
com beijos escandalosamente deliciosos e ao meu ouvido me pedia para
participar. Ele estava desejando ficar nu exclusivamente para mim. Era para ser
só um beijo, mas a camisa dele foi tirada com todo meu carinho. Demorou porque
eu me perdia entre ansiedades e desejos, entre reações corpóreas e me
deliciando ao acariciar o peito que eu liberava.
Quando o liberei de sua
camisa ele girou meu corpo me deixando totalmente de frente para meu marido.
Suas mãos passeavam pelas partes nuas de meu corpo sem tocar meu sexo. Mas
mordia meu pescoço, maltratava meus seios, chegava a dar tapinhas que me
enlouqueciam e quando retornou a minha boca sua mão infiltrou-se em minha
calcinha encharcada encontrando os trêmulos lábios de minha ansiosa vulva.
Ele pediu ao meu marido
que tirasse minha calcinha e voltou a me beijar. Eu sentia aquela agonia que
meu marido conseguia acender com o sexo oral, e estava mais intensa que nunca.
Senti minha calcinha descendo
vagarosamente levada pelas mãos de meu marido. Depois de meu deixar nua meu
marido voltou a se sentar. O professor me aproximou do corpo dele. Não mais me
beijava a boca o que me forçava a trocar olhares, repletos de tesão provocados
por outro homem, com meu marido.
Ele foi-me orientando aos
sussurros:
- Coloca a ponta do pé
esquerdo na perna direita de seu marido.
- Vou inclinar levemente
seu corpo. Puxe a cabeça de seu marido na direção desta buceta gulosa e leve
sua pélvis em direção da boca dele.
Eu estava extasiada e
obedecia sem pestanejar.
- Ofereça a ele seu troféu,
mas gire o corpo impedindo o acesso dele a esse grelinho endurecido.
A brincadeira obrigou meu
marido a liberar seu pênis que estava enorme, pelo menos parecia maior do que
de costume e enquanto tentava me beijar o sexo se masturbava.
- Finja que ele conseguiu
te conquistar e deixe que ele beije sua vulva, mas não se permita ter o orgasmo
antes que eu ordene. Quando a sensação ficar fora de controle rode o corpo.
Obedeci contrariada, eu
queria muito gozar, experimentar meu PRIMEIRO ORGASMO.
- Agora descreva apenas as
sensações que você acredite que ele é que está lhe causando e peça que ele faça
tudo que você desejar experimentar.
- Chupa meu grelinho com
força querido.
- Arraste a pontinha da
língua na “cabecinha” do meu grelinho.
- Assim seu puto. Faça
essa língua andar mais rápido!
- Mais rápido!
Girei o corpo que
estremecia completamente. Restaram as carícias pelo meu corpo, em meus seios,
beijos arrepiantes em diversas partes sensíveis...
Meu marido, alucinado, me
levou de volta a posição anterior e lambeu meu sexo inteiro, brincou com meus
lábios vaginais alternando com as carícias enlouquecedoras no meu grelo que
parecia que ia explodir.
Girei o corpo enquanto
encorajava:
- Estou quase gozando, não
para! Conquiste meu corpo, provoque meu prazer querido!
- Vou gozar! Vou gozar!
Vou gozar!
Eu me repetia sentindo meu
primeiro orgasmo se anunciar irretratável diante da iniciativa de sentir os
dedos de meu marido dentro de minha vagina, a outra mão agarrada e apertando
minha bunda e seus lábios, sucção e língua se dedicando a arrancar o máximo de
mim.
- Peça a ele para gozar
com você!
Mais uma vez obedeci às
ordens do professor.
- Goze comigo querido,
rápido, vou explodir, goze comigo!
Meu marido abandonou minha
bunda, prendeu meu grelinho em seus dentes me impedindo de tentar fugir – Eu não
tentaria! – passou a se masturbar intensamente e quando perdi as forças em
pleno orgasmo senti seu esperma bater nas minhas pernas e perdi o sentido
racional.
Meu corpo estava todo
arrepiado, estremecia, por dentro eram contorções únicas, inexplicáveis,
inexistia fôlego, faltava-me ar, eu me sentia extrapolando meu próprio corpo,
eu me agigantava, meu cérebro tentava explorar todas as sensações, tentava
detectar onde eu estava sendo estimulada, impossível, o prazer percorria meu
corpo a qualquer toque, o beijo na minha testa dado pelo professor provocava
ondas de arrepios ainda mais intensos. Percebi que eu gritava entre meus
gemidos. Xingava meu marido, xingava o professor, pedia mais e gemia, gritava e
gemia... Até que sucumbi ao êxtase.
Nesta primeira aula ficou
faltando algo. O professor não me penetrou, mas ensinou ao meu marido a me dar
banho, me enxugar, a me reacender, a me torturar sem me permitir gozar para me
fazer explodir em gozos. Foi deliciosa, plena, estupenda, esclarecedora e eu já
estava, na primeira aula, experimentando orgasmos, infelizmente ainda com a
ajuda do professor.
Estou esperando meu marido
tomar coragem e marcar a próxima aula. Ele já percebeu que ainda não assimilou
as técnicas aprendidas e ainda tem dificuldades e precisa se esforçar muito
para que eu alcance um leve orgasmo (não conto a ele, mas é um orgasmo de merda
que termina antes de começar).
Se ele recuperar a
autoconfiança e me permitir ter a segunda das três aulas e conto tudinho para
vocês.
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com