Mirian Goldenberg autora do livro "Tudo o que você não queria saber sobre sexo"
(Editora Record) em entrevista a Marília Gabriela: "Esse
é o depoimento de um advogado de 50 anos que falou para mim uma teoria
interessante: Mirian, o cafajeste é o cara mais fiel do mundo, porque ele é o
único homem que consegue fazer com que todas as mulheres com quem ele se
relaciona se sintam únicas, especiais e insubstituíveis. Ele consegue falar para uma mulher exatamente o que
ela quer ouvir", conta a pesquisadora.
Ela estava feliz. Era o nosso terceiro
aniversário de casamento e convidei minha amada para comemorarmos numa boate.
Isso, o ramo de rosas vermelhas e o vestido rodado da mesma cor fizeram ela
saltitar de felicidade. A vida é assim. Feita de momentos que se eternizam. E
aquela noite seria eterna para nós.
O delicioso corpo de minha esposa
estava decentemente coberto pelo vestido que escolhi para ela. Um decote que
finge mostrar e uma altura que deixa seus quadris bem tampados mas destaca as
lindas coxas. Não temos fetiches exibicionistas mas ela estava mais sensual do
que qualquer mulher mais exposta, por mais exibicionista que fosse. Todas
ficariam com inveja com aquela vermelhidão mistura de esconde e mostra.
Jovens ainda, foi fácil logo, na pista
de dança, a interação com um grande grupo que lá estava. Isso, o calor reinante
e nossa felicidade nos levou a exagerar na bebida. Claro que fomos de taxi para
aproveitar o máximo.
A música estimulante, a liberalidade
oferecida pelo álcool ajudou nosso entusiasmo na dança. Logo o vestido vermelho
quase comportado foi virando uma atração. Ela erguia os braços e rodava, usando
calcinhas mínimas, isso deixava sua bundinha exposta e a rapaziada aplaudia e
ainda mais nos estimulava.
O decote, por sua vez, não fora
desenhado para tanto balanço e os seios soltos por vezes se expunha fugindo do
pano e lá vinha mais aplausos. Éramos, sem dúvida, o destaque e grande sucesso
da boate. E o álcool me fazia o marido mais liberal do mundo, tanto que não a
acompanhei ao banheiro vendo-a subir as escadas de acesso às mesas me senti
solto e cortejado pela mulherada.
Claro que fiquei atento a minha esposa.
Estava solto mas não estava bêbado. Quando ela voltava do banheiro um carinha,
com uma cara de safado e cafajeste, que já vinha babando por ela, se ajoelhou
no degrau de frente para ela. Ela riu muito e parecendo atender a um pedido
dele ergueu bem alto as mãos. Foi o que bastou. Numa indescritível velocidade a
calcinha dela estava entre seus pés e ele, levantando um pé de cada vez,
enquanto ela olhava um olhar arregalado para mim, roubou sua calcinha e guardou
em seu bolso.
Amuada ela veio direto para mim. Queria
parar de dançar, ir embora e para minha salvação, para não estragar aquela
deliciosa noite, começou, como por encanto, um pagode que ela adora.
Quando abracei seu corpo e dei os
primeiros passos ela mais uma vez se liberou. Concordamos que ali não era lugar
de brigas nem confusão. Ainda mais que ela me confessava que dançar assim, em
público, sem calcinha, estava deixando gulosa como nunca!
Mas o safado estava aceso. Dançando
como nós ficou pertinho e me pediu desculpas me devolvendo a calcinha, que
guardei no meu bolso. Houve um intervalo – a música era ao vivo – e ele veio
até nossa mesa se desculpar. Se apresentou, era simpático, elogiou a beleza e
desenvoltura do casal. Brincando e nos fazendo rir disse que que minha esposa
era o brilho do casal, que eu era apenas o alicerce. Na cara de pau, pediu:
- Não deixa ela colocar a calcinha de
volta. Me deixa doido saber que ela esta nuazinha dançando consigo!
Falou, beijou o rosto de minha esposa –
muito perto dos lábios – e se afastou.
A música ia recomeçar quando minha
esposa me confessou que durante o beijo a mão do canalha se infiltrou entre
suas coxas e acariciou suas partes íntimas. Mas ele não estava por perto e mais
uma vez preferi deixar passar.
Estávamos dançando e minha mulher quis
ir embora. Me espantei, estava um clima delicioso. Questionei se ela estava se
sentindo mal. Ela, no meu ouvido, disse que sim, mas continuou falando.
- Querido, estou com muito tesão. Não
consigo esquecer as carícias daquele carinha. Cada vez que lembro mais tesão eu
tenho. Minha vontade é te agarrar aqui e agora.
- Me agarrar?
- Você quer saber mesmo? Quero me
agarrar a ele. Nunca senti tanto tesão por um carinha que eu nunca vi. Estou
ardendo. Pedoe te contar, mas não gostaria de mentir para você.
Eu avaliei, com o coração aos pulos,
tudo que estava ouvindo. Dei o desconto do álcool que ingerimos e ela mais uma
vez me surpreendeu constatando:
- Você também gostou!
Era uma mistura de constatação,
surpresa, afirmação e questionamento que me deixou em alerta.
- Estou sentindo sua plena ereção se
sacudindo e seu corpo ainda mais colado ao meu!
- Confessa que saber que estou
impressionada por outro homem que está ali na nossa frente me secando te deixou
acesinho e guloso.
- Você está louca. Você é minha esposa
e nunca vou partilhar você com ninguém!
Sorte e azar estão sempre juntos. Da
mesma forma que o pagode me permitiu ignorar a cena que realmente me abalara e
também me deixara excitado, agora o ritmo muda para lambada.
No meio da primeira música me vejo
interrompido pelo extrovertido canalha. Cafajeste como ele só quer que eu prove
que ele está perdoado deixando-o dançar com minha esposa.
Antes de qualquer resposta vai tomando
ela de mim e antes de começar a dançar com ela rodando pelo salão me pergunta
no ouvido se ela ainda está sem calcinha...
E eu me pego dizendo que sim sentindo
minha libido estourar e meu coração disparar enlouquecido.
Depois de algumas pequenas voltas, eu
ainda no salão, encostado na parede, percebo eles se aproximando de mim. Ele ia
me devolver a esposa...
Que nada. Parou bem perto de mim.
Afastou-se e pude perceber sua ereção. Ele mesmo guiou meu olhar até ela. Ele
devia ser enorme. O volume era significativo. Depois colou-se ainda mais ao
corpo dela. Mudou de perna abaixando-se e subiu de forma a encaixar todo aquele
volume no meio das pernas dela e jogando a parte de cima do corpo de minha
esposa para trás.
Suas mãos subiram por trás das coxas e
prendendo a bundinha de minha mulher fazia o corpo dela roçar em sua vara.
Não satisfeito sobe uma das mãos pelo
ventre dela, penetra no decote e trás o corpo dela de volta a posição pelo bico
dos seio.
Minha esposa olha para mim com o olhar
injetado, pupilas e narinas dilatadas, sem fôlego, ELA VAI GOZAR!
Sem qualquer respeito a minha presença,
ele se agarra puxando forte os cabelos dela para trás e puxa de volta seu rosto
beijando-lhe a boca com sofreguidão. A louca, sem me ligar, retribui e percebo
o corpo dela sofre leves convulsões com os quadris assanhando-se com total
autonomia, sem que ela consiga exercer qualquer controle.
Ele interrompe o beijo, fala algo ao
ouvido de minha esposa, e me devolve uma mulher chorando e em pleno orgasmo.
Vendo acolhida abraçada e beijada o
orgasmo se intensifica e ela cola em minha orelha mordendo-me e pedindo-me.
- Querido, vamos acabar essa
comemoração num motel, por favor. Não aguento mais de vontade de... De vontade
de...
O restante saiu baixinho, quase
murmurado, enquanto ela se entregava ao orgasmo se agarrando em mim para não
cair.
- Vontade de fuder.
- Vamos querida. Vou pedir a conta e
pegamos um taxi direto para um motel, o mais próximo que tiver.
- Não precisa de taxi querido. Vou
estar te esperando aqui na frente, no carro do Daniel. Ele quer me chupar até
eu explodir de prazer. Vai pagando a conta.
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com