Ônibus lotado. Mulher em ônibus lotado sempre encontra um gaiato para
estacionar atrás de si. O jeito é andar armada. Meu broche tem um alfinete
enorme e abuso dele cada vez que esse desagradável encontro com um gaiato
acontece. Ele encosta e percebo o volume de sua maldade – às vezes o fato é
inevitável, sem maldade e, por isso mesmo, sem manifestação peniana. Cresceu?
Lá vai uma alfineteada.
Sou alta e isso facilita acesso direto a minha bunda empinada que
funciona como imã.
Isso já deu origem a alguns bate-bocas, mas sempre acaba funcionando e
o fulaninho ou se afasta pela alfinetada, ou, se reclama, sob os olhares
críticos dos passageiros ao redor.
Eu deveria saber que além do dia da caça tem o dia do caçador ou, pelo
menos, lembrar que para toda regra existe exceção.
Ônibus já lotado e vi um moreno de praia, alto e forte avaliar e entrar
no ônibus cheio. Não e que logo estava sentindo a sexualidade dele colada na
minha bundinha. O que e pior, o odor de
homem banhado, barbeado e perfumado provocava meus sentidos. Peguei e usei meu
alfinete.
Ele prendeu minha mão na dele e sem esforço sussurrou em meu ouvido
enquanto me espetava usando minha mão com meu alfinete:
- Por que a tortura?
- Porque você está esfregando essa coisa dura na mi... no meu corpo. -
O arrepio que me percorria o corpo quase me fez falar de minha arrebitada
bundinha.
- Ele ainda nem começou, mas logo vai estar ereto e essa vai ser a
minha vingança pela despropositada alfinetada. Agora, vai rebolando essa
bundinha ou, se preferir, “seu corpo”. Se parar vai ser alfinetada.
Ele falou e me alfinetou, mais uma vez usando a minha própria mão que
só então foi libertada. Meu corpo estremeceu e, confesso, pela dor e também de
tesão.
Tentei dar um jeito de responder sem colar meus lábios ao rosto dele
tão próximo ao meu:
- Para com isso, estão notando.
Ele quis responder e nossos lábios passaram próximos roçando a pele dos
rostos. Enrubesci ao sentir meu rosto todo arrepiado.
- Você, mais que eles, pôde agora perceber meu entusiasmo. Solta que eu
te sigo.
Mais uma virada estratégica para a resposta e ele forçou um delicioso e
leve contato dos lábios dele nos meus.
- Você é louco. Vou soltar sim. Mas para fugir de você. Maníaco! Se me
seguir eu grito.
Toquei o sinal de parada. Logo o ônibus diminuiu a marcha e parou no
primeiro ponto. Ele me seguiu enquanto eu abria caminho no ônibus lotado.
Quando toquei a calçada minhas pernas estavam trêmula e eu sabia que ele estava
bem atrás de mim. O ônibus seguiu sua viagem enquanto ele me abraçava pelas
costas com um das mãos enquanto a outra, petulante, se agarrava aos meus
cabelos fazendo girar minha cabeça na direção dos lábios dele.
Ele me surpreendeu. Não tentou me beijar com sofreguidão. Aos invés
disso ficou olhando-me profundamente nos olhos e roçando os lábios secos nos
meus – sedentos como nunca – que sucumbiram abrindo-se e tentando beijar aquela
boca enquanto eu me sentia estremecer como uma adolescente. Eu estava no meio
da rua, sendo abraçada pelas costas por um estranho, sentindo um volume enorme,
incomodativo e rígido em minha “bundinha empinada” e, em pleno e inesperado
orgasmo que me deixava totalmente trêmula, tentando beijá-lo.
A expectativa por aquele beijo que eu buscava e ele não cedia era
enorme. Eu estava gozando, precisava ser beijada, ser aceita. A eternidade se
consolidava naquele instante. Recebi, então, o beijo mais reconfortante e
delicioso de minha vida. Parecia perceber o sangue fluindo em minhas veias. Era
uma entrega total e irracional. Girei meu corpo. Colei meu corpo ao dele.
Acariciei a um só tempo suas costas e cabelos. Estava desejando, com a maior
intensidade experimentada em minha vida, aquele estranho.
Ele, durante o beijo, pega minha mão, conduz até minha bunda e usando o
alfinete que eu esquecera até que ainda estava segurando, espeta minha bunda me
fazendo arfar, gemer, contidamente, mas em público, num ponto de ônibus.
Ele estende seu braço. Um taxi para. Ele abre a porta me deixando ali,
de pernas moles, com pouco equilíbrio e me guia para seu interior. Vejo-me
obrigada a escorregar pelo banco dando lugar a ele.
- Para o motel mais próximo, por favor. – A voz rígida e máscula
comanda o taxista e eco no meu corpo.
Estou me desconhecendo. Minha racionalidade voltando aos poucos, mais
frágil do que meus desejos e ânsia, me acusa de pecadora, safada, e tantos
outros adjetivos degradantes. Estou pronta para resistir aquele assédio de um
estranho, de quem nem sei o nome, me levando a um motel.
- Estou louco para lhe dar uma surra de palmadas. Você vai gozar
apanhando minha putinha. – Ele fala e busca meus lábios.
Que raiva, que nojo de mim mesma, como posso estar correspondendo e
gostando daquele beijo. Que beijo delicioso tem esse homem.
Minha mão desta vez é encaminhada a sua virilidade e me agarro nela sem
conseguir me conter. Nunca tive um brinquedo tão grande em minhas mãos. Nunca
tive tanta agonia e ânsia sexual em minha vida. Nunca tive tanta vontade de
levar palmadas!
E foi isso que aconteceu.
Ele nem me tocou. Sentou na beira da cama. Ordenou-me que tirasse toda
roupa. Fique branca, envergonhada e trêmula enquanto obedecia a tudo que ele
mandava sem questionar. Ele indicava a peça e eu literalmente e ansiosa
arrancava-a de meu corpo me expondo àquele estranho que já estava me
transportando a um adivinhado clímax.
- Se aproxime.
Obedeço e ele me pega pelos cabelos fazendo eu colar minhas duas coxas
a coxa direita dele.
- Deite com cuidado e segure-se bem para não cair do colo enquanto
apanha. Você vai aprender tudo. Vou lhe educar. Deita logo!
Ele falava e eu me ajeitava para deitar em suas coxas deixando minha
bundinha nua vulnerável em suas mãos. Eu tremia, sentia minhas mãos suando.
Minha ansiedade estava me deixando literalmente encharcada.
Quase gozei quando seus dedos testaram minha umidade excessiva e vieram
me mostrar.
- Mulher honesta fica assim – ele mostrava os dedos molhados de minha
lubrificação – tremendo e quase gozando porque um estranho vai lhe bater?
Cadela! Chupa meus dedos.
A mão estava próxima mas eu não alcançava. Quanto mais eu me esforçava,
mais palmadas passei a levar.
Eu me desconheci. Gozei como nunca. Ninguém me tocara, ninguém me
penetrara, não houve qualquer preliminar. Apenas tirei minha roupa, deitei no
colo daquele homem. Ele experimentou minha umidade. Me tortura para sugar seus dedos
melados em minha lubrificação, me dá palmadas intercaladas entre quase carícia
e levemente doloridas e ardidas. E eu estou gozando como uma vagabunda. Louca
para alcançar seus dedos em minha boca. Dando a ele um espetáculo digno de puta
experiente. Que loucura. Ele, homem experiente, percebe o clímax. Enfia os
dedos em minha boca e os da outra mão penetram minha vagina fazendo estripulias
dentro de mim. Gozo intenso, falta de fôlego, palavras desconexas e me largo
anestesiada em seu colo sendo sustentada em seus braços.
Sem qualquer dificuldade ele me deita na cama. Põe um travesseiro sob
minha bundinha erguendo meu sexo. Agarra meus seios e enfia a boca em mim me
levando imediatamente a novo delírio. Já estou gozando outra vez com esse
estranho sem nome que me faz gozar como adolescente, sem penetração, pela
terceira vez. No auge do meu encantamento e entrega ele me larga arreganhada na
cama e só então passa a se despir.
Nunca pensei que 22 cm de qualquer coisa fosse parecer tão imensa.
Olha, confesso acanhada, fiz questão de medir mais tarde.
Ele se ajoelhou na cama com aquela exuberância apontando para o teto e
eu como criança entusiasmada corri sem jeito para abocanhar meu doce. Eu estava
mais do que entusiasmada, estava acanhada.
Curiosidade feminina é de doer. Eu examinei cada centímetro de toda
aquela parte do corpo daquele macho e quis saber ainda mais:
- Afinal, qual o seu nome?
- Afinal – repetiu ele no mesmo tom – qual é o nome do seu marido.
Minha voz soou acanhada e falsa: - Paulo.
- É claro que se seu marido se chama Paulo eu sou o Paulinho. Agora
continua chupando o Paulão que vai fazer você transformar em corno mais uma
vez.
Eu que já estava, assanhadamente e mesmo com sorriso no rosto, com tudo
aquilo na boca, protestei!
- Nunca! Meu marido não é nem nunca será corno.
Disparate dos disparates. Falei essa besteira e voltei a chupar meu
brinquedinho com um olhar sonso passeando entre o Paulinho e o delicioso Paulão
que desejava experimentar apesar de temerosa.
Levei uma carinhosa tapa na cara. Fingi surpresa abandonando meu
brinquedo para protestar e levei outra e junto veio a ordem.
- Volte para o local e para a posição que eu te deixei, bem
arreganhada, e vamos logo cornear o Paulo, esse seu marido de merda.
Meus olhos iam enchendo de lágrima enquanto eu me posicionava para
receber a desejada pica. Não sei explicar se culpa, emoção, ...
Ele nem acabou de entrar e já estou gozando e chorando de pena do meu
marido que não merecia que eu experimentasse tanto prazer com outro homem. Era
prazer demais.
- Tá chorando de tesão? – Ele perguntou.
Respondi errado:
- Também!
Ele aumentou as estocadas e o nível do meu prazer atingindo toda minha
profundez com fortes e deliciosas pancadas de pica. Enquanto eu enlouquecia de
prazer, arrepiando, escapando da consciência plena ele me perguntava.
- De tesão e de que mais?
- De culpa por estar gostando tanto, gozando tanto ao transformar o
Paulo em corno. Meu marido não merecia isso.
Ele estanca totalmente dentro de mim. Fica ali parado e me olhando
firme com um sorriso sínico no rosto.
Estou estarrecida, meu corpo se convulsiona a minha revelia tentando
recuperar o prazer perdido e me entrego mais uma vez:
- Merece sim. Faz meu maridinho ser totalmente corno.
Ele se mexe com tal desenvoltura dentro de mim que só lembro de gritar
em êxtase:
Paulo, meu corninho, tua esposa está gozando com o Paulinho e com o
Paulão! Chora Paulo que virei puta de um estranho!
Não preciso contar sobre as despedidas. Você já deve estar gozando
tanto quanto eu e juntinho comigo!
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