Algumas mulheres podem
ser safadas, levianas ou vadias entre outros pejorativos. Esse,
definitivamente, não é o meu caso. Sou casada e feliz no casamento, amo
realmente meu marido e, se o traí, fui levada a isso pelas circunstâncias.
Não sendo psicóloga nem psiquiatra não posso explicar como a
mente age influenciando as decisões que tomamos, mas, seja pela vaidade,
feminilidade ou cultura, nada pior para uma mulher jovem e com seus encantos do
que sentir-se totalmente ignorada. Acho mesmo que fui seduzida por meu cunhado
pela sua indiferença em relação a mim e ao meu corpo. Eu explico.
O marido da minha irmã escreve roteiros e mantém em casa seu
escritório. Sua principal ferramenta é o computador e como o dele estava obsoleto
e dando sinais de defeito ele comprou um bem moderno e profissional que seria
entregue em 30 dias.
Dois dias depois da compra o computador dele recusou-se a ligar
e minha irmã me contou o quanto ele estava desesperado. Somos praticamente
vizinhas morando a 15 minutos de distância a pé. Conversei com meu marido e
unimos o útil ao agradável.
Estamos em obras de manutenção e recebo três pedreiros
diariamente e sem meu marido em casa é a mim que eles recorrem querendo
informações sobre as quais sou totalmente ignorante. Querem saber da rede
elétrica, rede hidráulica, materiais, ferramentas, essas coisas para as quais a
maioria das mulheres é totalmente ignorante. Seria bom ter um homem em casa,
mas meu marido trabalha justamente nos horários que a obra acontece.
Convidamos meu cunhado para usar meu computador e em
contrapartida ele me auxiliaria com os pedreiros, seria bom ter um homem em
casa. A contragosto ele aceitou. Sei que ele precisa de concentração no que
faz, mas não seria interrompido tanto assim.
E, foi assim, que tudo começou. Eu era alvo de observação e
desejo dos três pedreiros. Por vezes ouvia suas conversas e fantasias a meu
respeito e meu ego estava massageado mesmo não me sentindo atraída por nenhum
deles. Meu cunhado também ouviu alguns comentários, preferiu não se envolver,
mas me preveniu recomendando-me cuidado com meus trajes. Aquilo me insultou.
Mulheres! Passei a fazer justo o inverso.
Foi assim que aconteceu o único incidente que acabou me
excitando. Coloquei um vestido tomara que caia e neste dia os pedreiros me
solicitaram mais que nunca, nada técnico pois quem os atenderia seria meu
cunhado. Pediram água e no afã de pegar o último copo um deles tropeçou e se
apoiou em mim. Meu vestido desceu expondo meus seios. No mesmo instante, sob
aqueles olhares sedentos, os mamilos intumesceram-se. Assustada ajudei o rapaz
em queda a recuperar o equilíbrio antes de me cobrir, foi instintivo. Mas fingi
não ter percebido oferecendo a eles alguns instantes a mais de exibição. O
garoto que quase caíra estava bem próximo e sua ereção estava flagrante e
patente – impossível escondê-la.
Me cobri apenas com as mãos e corri para casa. A louça quebrada
no episódio chamara a atenção de meu cunhado que já estava na sala quando
entrei com o vestido arriado e as mãos cobrindo os seios. Quis saber dos fatos
e, para testar sua reação, deixei o pranto se instalar e gesticulando muito
expliquei o que acontecera. Meus seios balançavam impulsionados pelos soluços e
gestos. Ele, inalterado, olhava para o meu rosto, olhar fixo em meus olhos –
que merda!
Me abracei a ele ainda descomposta. Enquanto estava abraçada ele
conseguiu, sem me tocar, erguer meu vestido tapando-me. O pano ficou alto, fora
da posição. Quando me afastei ajeitei descendo-o tudo que podia e ele resmungando
que havia me prevenido em relação aos meus trajes, sem me olhar, voltou para o
seu trabalho.
Como assim? Como ele pode ficar tão indiferente ao corpo que
atiçara três pedreiros? Como ver meus seios por um longo período, balançando a
sua frente não atraiu sequer um olhar? Aquilo estava me incomodando mais do que
a ereção do garoto. Foi um banho de água fria em minha fugaz excitação.
Sem me dar conta na ocasião, mas percebendo agora, deixei minha
subconsciência assumir o comando e aos poucos fui me exibindo mais e mais para
meu cunhado. A princípio foram os decotes desleixados que propositalmente exibiam
meus seios quando interagia com aquele homem de gelo. Depois shorts colados.
Logo saias e vestidos curtos que exibiam minhas calcinhas rendadas. No fim
daquela semana, para desespero meu e dos pedreiros, eu não usava mais nada
sobre os simples trajes de andar em casa.
Eu não percebia como aquele jogo de sedução estava mexendo
comigo, mas meu marido – será que ele percebera algo? – surpreendeu-me na manhã
de segunda-feira acordando-me cedo com café da manhã na cama onde fui
sexualmente “molestada” por seu furor
atípico.
Se ele pretendia me deixar sexualmente sossegada o tiro saiu
pela culatra. Ele estava tão diferente e impetuoso que no momento do orgasmo –
como ele parecia outro homem – meu cérebro pegou-me a pior das peças, o
transformou diante dos meus olhos perdidos no prazer, em seu irmão e eu
literalmente gozei com meu cunhado.
Desespero! A sensação me acompanhou depois que meu marido se
foi, enquanto tomei banho, e explodiu quando atendi à chegada de meu cunhado
que passou por mim, exuberante para ele, com um simples bom-dia, sem sequer me
olhar, direto para o quartinho do computador.
Coisa ardilosa a mente humana. Sentei em minha cama. Posicionei
a camiseta de forma a deixar um seio totalmente exposto – daria para ver até
meu umbigo. Levantei a saia e na posição que fiquei era impossível não perceber
minha nudez exposta. Então com um gritinho derrubei a cadeira que fica no
quarto.
Em instante, embasbacados, estavam os três pedreiros
petrificados à porta do quarto. Rompendo a barreira meu cunhado entrou, bateu a
porta e veio em meu socorro. Eu segurava o calcanhar que ele me tomou das mãos
e passou a esfregar me questionando sobre o que ocorrera.
Sem responder deixei meu corpo tombar deitando-me. Ele realmente
acreditou que havia me derrubado e com a mão por trás de meu pescoço ergueu-me.
Esqueci de tudo: meu marido, os pedreiros atrás da porta, minha irmã, tudo
mesmo. EU precisava fazer aquele homem que desdenhava passar a sentir atração
pelo meu corpo, pela minha sensualidade, por mim.
A proximidade facilitou as coisas e pendurando-me em seu pescoço
consegui beijar-lhe a boca chamando para mim toda a iniciativa da conquista.
Após o beijo ele, olhava-me espantado mas desta vez reagiu com total
participação ao segundo beijo que eu roubava do marido de minha irmã.
Entretanto a inércia dele estava me machucando, incomodando
demais. Nunca me despi tão rápido. De pé na cama exibi meu corpo nu. Meu olhar
devia estar gritando: me deseje!
Instante eterno, mas ele saiu da inércia para me contemplar com
uma surpresa prazerosa. Ele puxou meus pés fazendo-me cair inteira e
completamente na cama macia e seus lábios tomaram conta do meu corpo, suas mãos
insinuaram-se por cantos e recantos, seu corpo dominava o meu e, sem que eu
esperasse, ele me toma, me ergue e arreganha e passa a beber minha intensa
lubrificação, lamber, pressionar e sugar meu grelinho, seus dedos penetrando
todos os caminhos disponíveis e eu gemendo, sem fôlego, aturdida pelo prazer
quase instantâneo não contenho gritinhos de gata no cio que nunca haviam
arrancado de mim.
Os pedreiros abrem a porta do quarto, não sei se preocupados ou
curiosos. Trepar com plateia era inédito, sou recatada, mas estava numa fase
extremamente exibicionista e novo orgasmo se abateu sobre mim. Estava trêmula,
parecia ter câimbras, meu corpo estava largado e entregue ao prazer, meus olhos
passeavam pelos homens que me observavam e pude perceber as ereções magníficas
que eu provocava naquele instante.
A presença deles também transtornou meu cunhado. Ele assumiu o
papel de macho alfa. Não vi como ele se librou da bermuda, só me senti
preenchida por ele que de pé em minha cama, e mais alto que eu, fez com que
apenas minha cabeça tocasse o colchão. Passei a fazer um espetáculo. Liberei
todos os meus hormônios e abandonei qualquer resquício do pudor que até então
dominara minha conduta de vida.
Eu arfava buscando fôlego e me permitia exprimir o prazer com
sons guturais que eram gritos, gritinhos ou gemidos. Meu cunhado, meu macho,
ergue meu corpo, eu me abraço com as pernas na cintura e os braços em volta do
pescoço e ele passeia pela cama comigo no colo e suas mãos comandam as
estocadas. Ele está me exibindo e eu não consigo controlar meus sucessivos
orgasmos.
Quando o frenesi toma conta totalmente de mim ele desce da cama,
solta meus braços de seu pescoço, apoia minhas costas e exibe meus seios para
as carícias dos pedreiros. Foi uma festa! Uma enxurrada de mãos e os lábios do
mais novo me acariciam e meus orgasmos, ininterruptos ainda se intensificam.
Parece ora um sonho, ora pesadelo; ora fantasia, ora repugnante realidade.
Assim, entre condenações e aceitações racionais do prazer e das bobagens que
estou permitindo que me aconteçam, sinto o orgasmo agigantar-se como se tomasse
meu corpo inteiro proporcionando-me desencontradas contrações em todos os
músculos. Acho que desfaleci.
Só sei que quando volto à realidade estou em minha cama. Porta
do quarto fechada, só eu e meu cunhadinho que me colocou de quatro sobre o
colchão e passa a me possuir por trás fazendo minha vagina arder com o calor
que a velocidade das brutas estocadas proporcionam. Consigo perceber, fato
inédito, aquele cacete grande e delicioso se agigantar e agitar dentro de mim,
prenúncio de ejaculação que meu corpo responde um mais um orgasmo, este todo
especial, crescendo, se instalando e me dominando totalmente mas permitindo que
eu o saboreie.
Jatos fortes, maior lubrificação, vagina com sensação de total preenchimento,
prazer intenso, arrepios espalhando-se, grelinho dolorido de tão duro, seios
intumescidos ao máximo com auréolas mínimas, músculos enrijecidos, seios em
balanços ritmados e uma explosão que mistura ansiedade, bem-estar, alegria,
euforia e outros sentimentos e sensações inexplicáveis.
Não, não importa como o dia acabou, o constrangimento diante dos
pedreiros, os dias seguintes. O certo é que assim que o novo computador chegou
meu cunhado alugou uma sala num prédio comercial próximo, me contratou como
recepcionista para não ser interrompido – desculpa esfarrapada já que ninguém
visita o escritório. Minha irmã me explicou que ele queria nos ajudar uma vez
que eu e meu marido estamos grávidos, pelo menos é nisso que ele acredita. Eu?
Eu estou com todas as dúvidas e ansiosa para ver a cara do moleque.
Enquanto o menino não vem tenho que dar conta de dois machos, um
no horário comercial – meu chefe e marido de minha irmã – outro depois do
expediente e vivo me perguntando como tudo isso vai acabar, mas até lá estou
curtindo a vida como se vadia fosse – embora sei que não sou, só estou amando a
dois homens ao mesmo tempo, sendo e fazendo-os felizes.
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