Meu
marido sempre foi ciumento e por isso estranhei quando ele me pediu para
escolher uma minissaia como saída de praia. Iríamos a um hotel-fazenda
comemorar nosso terceiro ano casados. Experimentei umas três minissaias e ele
achou a todas muito comportadas e eu desisti. Shopping nos domingos, com
lançamento de filmes infantis, é uma merda – uma criançada barulhenta demais.
Naquela
noite a televisão exibiu um filme de 1992 – Instinto Selvagem – e meu marido
não parou de elogiar a sensualidade de Sharon Stone, entre outras.
Aquilo me provocou e resolvi atiçar seu antigo ciúme.
Era
uma excursão de fim de semana que nos levaria ao hotel-fazenda num comboio de
dois ônibus. Sairíamos às quatro da madrugada para o ponto de encontro e a
excursão se iniciaria pontualmente às cinco horas.
Malas
prontas, casaco, moletom, tudo para vencer a friagem da madrugada. Percebi a
decepção no olhar de meu marido, mas ele nada comentou. Ar quente do carro
ligado, pedi para ficar mais alguns instantes enquanto ele guardava a mala no
ônibus e lá se foi ele.
Me
livrei do moletom, e com o casaco bem cumprido fui encontra-lo junto a um grupo
de amigos dele – exclusivamente dele, eu não conhecia ninguém!
Minhas
pernas estavam arrepiadas pelo frio, mas exposta como ele queria. Só que o
casaco quase encostava no joelho. Ainda assim quando me afastei em direção ao
ônibus um dos “amiguinhos” dele o conteve e comentou que eu estava “deliciosamente
arrepiada”. A-do-rei!
Foi
instantâneo, ele veio reclamar por eu ter tirado o moletom naquela friagem e eu
respondi que estava apenas vestida para excursão como ele me pedira,
sensualmente. Ele riu debochado...
-
Desde quando um casacão é sensual?
-
Todos os seus amigos admiraram minhas pernas, não tiraram os olhos e até
notaram o quanto eu estava arrepiada. Não notaram?
A
pergunta sarcástica o deixou sem repostas.
A
viagem seguiu e chegamos no hotel 7 horas depois, em plena hora do almoço.
Fomos para nosso quarto e Almir parecia faminto ou ansioso para descer.
Arrumado, celular em punho, ele foi liberado por mim e parecia saltitar com
aquela provisória liberdade. No corredor perguntou a um amigo qualquer pela
Vanessa. Não me espantei, ele sempre quis ser um galinha, mas era incompetente demais,
pelo menos para isso.
Tirei
meu casaco, arrumei os cabelos desarranjados na viagem, me olhei no espelho e
não gostei do que vi. A minha minissaia, que eu achara muito curta, agora
parecia cobrir demais minhas pernas. Era a vingança gritando dentro de mim sem
que eu percebesse.
Enrolei
um pouco a minissaia na cintura e mal terminava minha bundinha arrebitada
terminava o pano da rodada minissaia escolar encimada por uma camisa marinheira
azul e branca, linda, decotada e apertadinha. Meus seios, livres do sutiã,
estavam ainda mais colados um no outro e pareciam que iam fugir da camisinha
justa a qualquer momento. Ele pedira e estaria recebendo em breve minha visita
como uma galinha das mais sensuais do hotel.
Quando
surgi no alto da escada provoquei um leve silêncio masculino. Os que me viram
se calaram olhando fixamente para mim. Me senti ousada demais, enrubesci, mas
era tarde demais para voltar atrás e me obriguei a demonstrar uma superior
tranquilidade.
Almir
falava com uma morena magra demais, empolgado, sorridente mas percebeu algo no
ar. Ao me ver descendo a escada abandonou a morena raquítica (exagero de mulher
vingativa) e veio ao meu encontro no pé da escada.
-
Você está louca? Parece uma puta!
-
Estou trajando como você me implorou e quase obrigou, estilo Stone Sensual! –
eu ri francamente para ele olhando os homens ao redor. A maioria babava, uns
fugiram do meu olhar, mas sempre tem um pequeno grupo de canalhas que se
insinuam nesta hora sustentando um olhar que é puro tesão.
Eu
só não contava que um canalha atrevido fosse “amiguinho” do meu marido. Ele se
aproximou desafiando-me com seu olhar cobiçador e eu sustentei o olhar ao ponto
de meu marido acompanhá-lo para encontrar seu “amiguinho” na outra ponta.
Eu
estremeci quando ouvi sua voz, era a mesma voz máscula que registrara meu
arrepiamento ao Almir.
-
Almir! Que esposa maravilhosamente bela!
Ele
falava com Almir sem nem olhar para ele. Seus olhos corriam meu corpo tentando
indisfarçavelmente me despir. Não me deixei intimidar e até o imitei. A canalha
aquele dia era eu!
-
Desculpe-me Almir. – Ele sussurrou para apenas eu e meu marido ouvirmos. – Ela é
de fechar trânsito. Não consigo conter minha ereção, meu tesão! Que escândalo
de mulher, parabéns!
Voltando
a voz normal:
-
Mas não posso deixar de tentar: Me empresta ela só por um dia!
Para
aliviar ele deixou fluir uma estrondosa gargalhada e muitos riram, me dando a
certeza que éramos o alvo das atenções.
Ele
me pegou pela mão, me conduziu a uma poltrona baixa, eu percebi o que ele
queria, mas sentei de lado no canto formado pelo braço e encosto e assim, de
lado, só minhas coxas ficavam totalmente expostas. Ele sentou-se de frente para
mim deixando seus olhos gravarem cada detalhe do meu insinuante corpo naqueles
trajes solicitados pelo meu marido.
Almir,
preocupado mas cordial, se juntou a ele e logo um grupo de “amiguinhos” do Almir
estavam a nosso redor. Depois da audácia de Felipe todos se sentiram à vontade
para me comer com os olhos e elogiar meus dedos, minhas orelhas, o brilho dos
meus olhos – pareciam seguir um manual e ninguém, a não ser o Felipe, é claro,
falava de minhas coxas e ainda reprimiam o Felipe dizendo que ele era vulgar.
Mas
a petulância combinada com a voz naquele homem, aliadas a minha ainda imperceptível
ânsia de vingança, estavam fazendo efeito no meu corpo, na minha libido, na
minha cabeça, em mim. O tesão se manifestava a cada toque, a cada elogio
sincero, a cada olhar sensualmente provocante ou que mergulhava em meu olhar.
Eu
estava tranquila. Adoro meu marido, sempre fui fiel, estava comemorando nosso
aniversário de casamento e o Almir não tinha nada a temer.
Sou
nova e conheço pouco da natureza humana. Almoçamos, me recolhi e deixei Almir
soltinho para sua Vanessa que já não representava qualquer risco. Eu estava
mesmo cansada da viagem.
Almir
voltou ao nosso quarto, remexeu nossa mala, pegou o cartão bancário que
havíamos escondido nela e eu não resisti e fingi acordar.
-
O que houve querido?
-
Amor estamos com muita sorte. Já tinha ganho R$ 3.000,00 quando me distrai e
perdi tudo, mas estou indo recuperar tudo que perdi.
-
Você não sabe jogar, querido!
-
Não sou profissional mas sempre joguei pôquer – era mentira – e estou ganhando,
só perdi até agora duas rodadas. Vamos sair daqui com uma bolada.
-
Quanto você vai jogar agora?
-
Só uns R$ 100,00, ele me tranquilizou.
Tomei
de volta o cartão, dei a ele R$ 300,00 em espécie que eu trouxera para
possíveis emergências e disse a ele que não gastasse um centavo além daquilo.
Desci
pouco depois e Almir já devia ao Felipe mais de R$ 2.000,00. Assim que cheguei
à mesa, com a mesma minissaia uma dobra mais cumprida e uma camiseta sem mangas
(e sem sutiã para provocar ainda mais o Almir com sua leve transparência que
permite vislumbrar as auréolas) Felipe se levantou e informou ao Almir que iria
descansar uma rodada e iria oferecer-me um refrigerante no bar.
Almir
nem ligou, tudo que ele queria é que eu não descobrisse sua dívida.
-
Aninha – ele já se sentia amigo íntimo – tira o Almir dali. Já emprestei R$
2.000,00 e ele, nervoso, já bebeu todas. Esta sem condições emocionais e sem a
sobriedade necessária para se recuperar.
Meia
hora depois, com a ajuda de Felipe, levei Almir para nosso quarto e evitando a
cama, preocupada com possíveis assédios de Felipe, deixei Almir na poltrona.
Ele estava pior, anunciava vômito e Felipe me ajudou a conduzi-lo ao banheiro
onde ele vomitou, onde tiramos toda sua roupa com restos de vômito e o jogamos
no box para um banho.
Fui
buscar um roupão. Fechei a bica do chuveiro e, pela primeira vez, percebi em
minha bunda a ereção de Felipe que me ajudava a vestir o Almir. O jeito foi leva-lo
para cama onde caímos os três agarrados pelo Almir que chorava sem saber como
pagar o “amiguinho”.
Foi
Almir quem propôs o absurdo.
-
Te empresto minha esposa essa noite se você perdoar minha dívida!
Ele
estava definitivamente muito bêbado e desesperado para falar tal besteira.
Felipe
contornou:
-
Você está muito louco. Não conseguiria permitir nem que eu beijasse sua esposa.
-
Beija sim, pode beijar. Querida beija ele bem gostoso, tá!
A
vingança falou mais alto. Felipe não fez qualquer menção de aceitar a oferta
mas puxei pelo seu braço e ele se deixou conduzir ficando de pé bem de frente
para Almir.
-
Pois veja bem se aprova esse beijo.
Comecei
a dar selinhos no Felipe para provocar o bêbado Almir.
-
Que beijos de merda! você não sabe beijar mais mulher?
Era
Almir com voz arrastada me censurando. Colei minha boca e meu corpo em Felipe e
pela segunda vez senti sua ereção. Estava mais sólida, mais completa, meu corpo
avaliou. Ele finalmente se entregou correspondendo ao meu beijo. Suas mãos
passeavam em minhas costas e o Almir sentou na cama e conduziu a mão de Felipe
para minhas nádegas.
-
Sente a maciez e a delícia de bunda que minha esposa tem. Uma noite com ela
deve valer minha dívida.
Felipe
não deixou que eu interrompesse o beijo segurando meus cabelos e deixando a
outra mão ser guiada pela mão de Almir que ditava o itinerário fazendo-o
apertar minhas nádegas, levantar minha saia e depois a se introduzir por baixo
da camiseta até atingir meu seios nu e deliciosamente intumescido.
Não
precisamos mais de guia. Juntou meu tesão, meu desejo de vingança e o delicioso
corpo e voz daquele macho e a estúpida vontade embriagada de meu marido
endividado para me jogar na cama e me sentir ser desnudada, acariciada, sugada
e levada a um intenso orgasmo com aquela boca quente passeando pelo meu sexo.
Rendida
e endiabrada tirei a roupa daquele homem maravilhoso tentando compensar o
prazer recebido com minha boca arrancando gemidos dele através das carícias em
sua pica.
Ele
me jogou na cama. Meu marido abriu e ergueu minhas pernas e ele me penetrou
deliciosa e profundamente.
-
Faz essa puta gozar como uma cachorra, quero vê-la feliz nesse nosso
aniversário de casamento.
-
Só não esquece de depois pagar a aposta, ela caiu como um patinha na dívida e
na bebedeira e está ai gozando feito louca.
Quanto
mais eu ouvia Almir falar mais eu gozava num misto de ódio, nojo, raiva, submissão,
desejo, tesão, ansiedade e intenso e múltiplos orgasmos.
Nosso
casamento acabou naquele dia. Nunca mais vi o Felipe – tenho saudades e espero
que ele esteja lendo, já o perdoei – mas depois disso só tenho prazer sexual
bizarro sendo humilhada, submetida, escravizada e se possível por dois ou mais
homens a um só tempo.
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