O que
estou fazendo ao lado desse cara? Cara chato! Esperneando porque olhei para o
cara que passou rente a nossa mesa? Quem não olharia para um negro de feições
marcantes, com um dois metros de altura, ombros largos, corpo malhado e sorriso
perfeito de dentes retos e muito brancos? Será que por que sou noiva não posso
olhar para uma escultura viva tão atraente?
Ainda
bem que ele não pode ler a minha mente. Acho que explodiria. Todos nós temos
nossas mais secretas fantasias. Mesmo sendo muito jovem, alcancei a maioridade há
meses, tenho minhas fantasias sexuais e a ninguém as confesso.
Pensando
melhor, num conto onde ninguém me conhece eu poderia confessar. Vou pensar
nisso. Esse cara não vai calar a boca. Que noivo chato fui arranjar, velho para
mim nos seus vinte e oito anos, metido a sedutor querendo me possuir como prova
de amor. Babaca! Com cantadas como essa dou pra outro, até pro negão
maravilhoso mas não dou para você, noivinho de merda! Isso não se pede, se
conquista.
O macho
dos meus sonhos está voltando e como estou vendo por um espelho posso observar
melhor. Será que ele é assim enorme em todas as partes. Uau! Só a proximidade
dele me deixa tensa. Que mãos? Enorme, com unhas bem feitas, enormes!
- Vai à
merda! Sou sua noiva e não sua serva ou escrava. Tenho olhos e visão. Olho para
onde quero e vejo o que me apetece. Chato!
- É
assim? – Ele ficou revoltadinho, tadinho! – Pois coma sozinha e pague sua
conta. Fui! Me esquece! Depois resolvemos os detalhes, para mim basta!
Ele desmanchou
o noivado porque olhei para um homem mais novo, mais bonito e mais másculo que
ele, quanta insegurança! Mal sabe ele que estou rindo de felicidade por me
livrar dele agora que o negão sentou de frente para nossa mesa. A visão desse
homem é o suficiente para que eu esteja excitada. Vai embora babaca. Agora
quero mesmo estar sozinha. Não adianta ficar ai parado na porta do restaurante
que não quero você de volta. Tenho meu próprio cartão, sou dependente do meu
pai nele para essas ocasiões. Quando contar a ele o que aconteceu é capaz de
ele ainda te dar um esporro, noivinho!
O
garçom serve o filé de peixe com molho de camarão no meu prato e coloca aquele
desperdício que sobrou na minha frente. Sem problemas, levo para casa numa
quentinha, noivinho babaca!
Caralho!
Meu noivo mal se foi e aquela enormidade masculina e negra vem em minha
direção. Que merda! Boca seca, mãos suadas e trêmulas e contrações internas
perturbadoras.
- Boa
noite. Vi que seu acompanhante se ausentou. Vai sobrar muito desse peixe
delicioso. Meus colegas estão bebericando com aperitivos e ainda não jantei.
Posso lhe fazer companhia?
-
Po-pode, claro!
Porra!
Tinha que ainda gaguejar. Não isso não!
Ele
estende a mão para mim e se apresenta:
- Meu
nome é Mario. E o seu?
Não
tenho como fugir. Estendo minha mão trêmula e suada para cumprimentá-lo. Minha
fantasia sexual recorrente assume meu cérebro. Enrubesço e sou só tesão
exposto, qualquer um notaria minha excitação e ansiedade.
-
Fer-fernanda. – gaguejei novamente.
Ele
senta, acena para o garçom que é célere em servi-lo. Enquanto o garçom trabalha
ele segue me conquistando com seu sorriso simpático.
- Adoro
mulher mignon de cabelos claros. Eles dão muito trabalho ou são assim
naturalmente?
-
Trabalho nenhum.
Estou
brigando para recobrar a serenidade mas minha face avermelhada insiste em me
denunciar. Ainda assim eu nunca iria confessar que passei mais de duas horas me
arrumando para o babaca inseguro que me abandonou a mercê deste macho que me
envolve com seu olhar tão penetrante que me sinto interna e externamente nua
para ele.
- Você
se incomoda se todos ficarem olhando para nós?
- Por que
olhariam? – claro que eu sei.
-
Porque não é comum um negro como eu estar ao lado de uma mulher tão branca e
sensual como você. – que sorriso delicioso, ele me abraça com seu sorriso e me
como com seu olhar.
- Pra
com isso, você é belo! – cacete! Ele vai pensar que estou cantando ele, mas
saiu, saiu.
Resultado,
estou saindo de seu carro, na garagem de um motel, sendo colhida por ele para
me aninhar em seu colo. Sinto-me miúda e mimada naquele colo.
Sou
levada, sem que ele faça qualquer esforço, para o interior do quarto e recebo
um beijo daqueles lábios grossos, quentes e macios que não me permitem sequer
vislumbrar o ambiente. Navego, com seu beijo, para meus sonhos secretos. Temos
que ele se realize por completo. Não aguentaria uma verdadeira palmada daquelas
mãos. Sem perceber estou entregue a saga daquele homem que poderá fazer de mim
o que bem entender.
Quando
ele, depois de me deixar pronta para o amor com suas carícias pelos meus olhos,
boca, orelhas e pescoço, me deposita no chão fico espantada com a nossa
diferença de altura, volto a ser uma menininha e isso me excita ainda mais.
Preciso fugir dessa entrega tão medonha. Resolvo assumir a dianteira.
Minhas
mãos buscam seu cinto e mais do que abrir a fivela, retiro todo o cinto. Será
que ele vai pensar que quero uma surra? Quero, mas só nas fantasias. Temo a
dor. E continuo.
Calça
desabotoada, camisa retirada do interior da calça, fecho abaixado e fujo deste
caminho passando a desabotoar a camisa.
Não
tenho caminhos de fuga. Aquele peito largo, aquela barriga marcada por muita
malhação, aqueles braço grosso como minhas grossas coxas. Tudo nesse homem é inebriante
e convidativo ao sexo.
Mas ele
não está inativo e só então percebo minha saia já no chão, minha camisa aberta
e sendo retirada de meus braços, minha calcinha e sutiã tentando marcar meu
corpo alvo, mas tão alvo que parece nunca ter sido tocado pelo sol. E sou neta
de negros, como pode?
Meus
braços arrancam aquela camisa enorme, maior que meus vestidos, e só então
percebo que como eu ele está apenas de cuecas e... Ele é enorme!
Eu não
devia ter olhado. Agora meus olhos que tento afastar são atraído como um ferro
por um imã. Não tenho como resistir e toco aquela enormidade para ainda mais me
surpreender. Só ao meu toque ele começa a crescer em busca de sua rigidez.
Mesmo pouco experiente sei que ele vai ganhar ainda muito volume.
Estou
fora do meu normal. Conquistada em meu primeiro encontro por um negro, estranho
e desconhecido até então e estou pronta para me entregar a ele sem reservas.
Loucura das loucuras. E continuo tomando as iniciativas. Não preciso sentar na
cama, nem me ajoelhar. Abaixo um pouco meu corpo e minhas mãos, as duas juntas,
entusiasmadas por ter um brinquedo novo nas mãos que continua crescendo,
encaminham aquela delícia que literalmente me encheu de saliva, para uma boca
ávida e incompetente. Cabe tão pouco dentro dela e ela fica tão repleta com
esse pequeno pedaço que me estimulo a ser competente em minha carícias.
Ele está
acariciando meu corpo que retribui me lubrificando como nunca. Parece adivinhar
a barreira que vai encontrar quando tentarmos, meu corpo e eu, engolir tudo
aquilo no meu guloso interior.
Ele
deita-se atravessado perto do pé da cama. Isso facilita minha agressão com
mãos, boca, lábios, língua e dentes em seu instrumento que ainda está
endurecendo.
Dedicada
exclusivamente a isso sou só sensações, mas percebo que minhas últimas peças
sumiram de meu corpo, até minha sandália. Agora estou ainda mais baixa perante
ele.
Ele
toma meu corpo nu e deposita sobre seu peito. A diferença de tamanho é tão
grande que ele se diverte em meus pés, brinca com cada dedo, lambe a palma dos
pés me levando, sem me tocar nas partes íntimas, para próximo do prazer
extremo.
Eu sigo
sugando, sentindo suas mãos me acariciando e sua boca arrancando excitação
apenas dos meus pés. Já estou arrepiada e meu corpo já se movimenta a minha
revelia. E entro em estado de alerta com suas mãos massageando minhas nádegas e
o interior de minhas coxas. Quando seus dedos chegam a minha vulva é como se
fosse uma multidão de picas, das que eu experimentara até então. Seus dedos
longos e grossos agora são dez picas de meu noivo buscando arrancar meu prazer.
Sugo
forte seu pênis, agora descomunal ao ponto de a cabeça mal caber em minha boca,
e arranho levemente sua mucosa com meus dentes quando dois dedos aprisionam meu
grelinho, outros dois brincam nas portas de entrada e sua boca suga com a mesma
intensidade que eu o polegar de meu pé direito. Que tesão! Perco o controle e
acontece meu primeiro orgasmo. Mais intenso do que qualquer outro que já tive.
Depois
de gemidos e estremecimentos sinto ele abraçar meu corpo com uma das mãos,
mantendo-me castigada na vagina pela outra, com a boca dominando meus pés. Abraçado
a mim ele se levanta me deixando de cabeça para baixo. Liga o som do quarto de
motel que lembro até nem ter reparado como é. Passa a dançar comigo. Sua boca,
durante a dança, passar a dançar dos pés às coxas. Estou de cabeça para baixo,
com a cabeça de um enorme pica em minha boca, curtindo aquele louco momento
quando, como se uma boca fosse, sinto minha vulva ser beijada, literalmente
beijada. Ele busca uma língua para brincar no interior da minha vagina e como
por encanto, como um raio, um prazer crescente me acomete e me leva
imediatamente a um orgasmo brutal. A língua passeia de meu grelo até penetrar
em minha vagina, um dedo brinca com o piscar de meu ânus e quando eu, distraída
pelo prazer, penso que o gozo vai me aquietar, levo uma inesperada e segura
palmada que me vira do avesso liberando toda minha sexualidade. O gozo aumenta,
apesar de impossível, ainda mais de intensidade sem querer extinguir-se, o
arrepio toma conta de todo meu corpo e não aquiesce, os seios ficam com aureola
mínima e bicos duros de doer, minha mente abstrai a realidade e se joga nos
meus mais recônditos sonhos.
Vem a
segunda palmada acompanhada de linguada em meu cuzinho. A boca do meu macho
assume meu grelinho com dedicação exclusiva e dois dedos penetram minha vagina
e um polegar força a entrada em meu cuzinho piscante e defensivo.
Nunca,
nem no meu maior devaneio, pude imaginar um orgasmo tão intenso e concreto. Ele
insiste em me excitar e o gozo não quer esvair-se me devolvendo a consciência que
de nada mais me acusa só me agradece tanto prazer experimentado entregando-se
totalmente àquela onda que sobe e desce concentrando-se nas contrações involuntárias
que percorrem meu corpo em plena e total convulsão.
Estou
como uma boneca de trapos. Não consigo assumir o controle de meu corpo mole por
deliciosamente exausta. Do centro de meu corpo esvaiu-se todas as minhas
energias, mas minha mente, a safada da minha mente, me exigia um estupro.
Queria me ver espetada urgentemente naquela vara grossa, longa e rígida. E Mario
parecia querer a mesma coisa. Assim que sentiu as minhas forças recarregadas,
assume novamente meu corpo foi me girando, sem para de dançar me fez abraça-lo
com as pernas e, cantando uma música que passará a ser a nossa música,
encaixou-se em mim e foi me deixando escorregar sobre seu membro que me
preenchia plenamente como eu nunca fora. Ele alcançou o mais profundo de mim
sem esgotar sua ferramenta. Ajeitou nossos corpos e cantando ao meu ouvido os
versos da antiga “You Make Me Feel Brand New” conseguiu ir se alojando, me
acariciando com suas idas e vindas e de tal forma me desnorteando que quando
dei por mim, após o mais intenso prazer de minha curta vida sexual, depois de
perceber todo esplendor de um orgasmo que perecia tênue, eterno, dominante, sei
lá como descrever tal teor de delícias, eu estava sobre ele, na cama,
saltitando em cavalgada, paredes alaranjadas rodando e caí no colchão tão
exausta que estava ausente de mim mesma.
Para
completar a minha felicidade ele me prometia ainda mais, muito mais. Deu sua
palavra que iria me fazer gozar pelo cuzinho entre palmadas depois de me dar
uma surra por eu ser assim, tão safada.
Só tive
forças para usar tudo que aprendera em anos de cursinho de inglês:
- Mario, “you make me feel brand new”!
Verdade, você faz com que eu me sinta renovada, sou outra mulher! E sou
sua!
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